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:6: Fim de temporada, lesões e diagnóstico por imagem
É no fim de uma temporada de futebol profissional, como a de 2006, que a medicina esportiva ganha um papel crucial. Enquanto os times estão buscando seus objetivos (título, classificação para competições internacionais ou fuga de rebaixamento), não é raro que seus jogadores se machuquem. É justamente nessa época que ocorrem as maiores cobranças sobre os atletas. Assim, como se não bastasse o desgaste físico natural do final de campeonato, os jogadores profissionais de futebol tentam dar o melhor de si, aumentando os riscos de se machucarem. As lesões musculares acabam sendo as mais freqüentes.
Numa situação como essa, o departamento médico de um clube também fica sob pressão para recuperar o atleta o mais rápido possível, porque cada partida tem sua importância e não é nada conveniente ter um jogador importante fora de ação. Obviamente que a medicina esportiva (ortopedia, fisioterapia e fisiologia) faz tudo que está ao seu alcance para abreviar o tempo de recuperação de um jogador, auxiliando a cicatrização biológica de uma lesão.
A radiologia, ou diagnóstico por imagem, caminha lado a lado com as demais áreas da medicina esportiva e tem um papel decisivo nas últimas rodadas de um campeonato. Freqüentemente os jogadores são encaminhados para fazer uma ultra-sonografia ou ressonância magnética para se identificar ou não uma lesão muscular e, em caso positivo, avaliar a sua extensão.
Nessa ocasião, parte da pressão recai sobre o radiologista, pois este deverá diagnosticar com precisão uma possível lesão, sua localização exata e sua graduação. Dependendo do relatório do radiologista, de sua opinião e fundamentalmente da experiência do médico do clube, já se saberá que aquele jogador será afastado por um tempo de suas atividades e se adotará imediatamente o planejamento do tratamento. Ou seja, a responsabilidade inicial sobre um jogador lesionado é dividida entre os vários profissionais da medicina esportiva envolvidas – radiologista, inclusive.
Ao longo do tratamento, realizado intensamente por fisioterapeutas, os atletas frequentemente necessitam de avaliações por exames de imagem. Dependendo do caso, semelhantemente ao que ocorre no momento do diagnóstico inicial, o paciente poderá ser submetido a uma ultra-sonografia ou ressonância magnética.
Com a realização desses exames, juntamente com o indispensável parecer clínico, a equipe médica poderá constatar a evolução do tratamento e assim ter uma melhor noção ou previsão de retorno do jogador ao esporte. Mas, ainda que essa previsão não seja tão concreta quanto se desejasse, pelo menos fornecerá informações valiosíssimas para que a equipe de fisioterapeutas faça avançar as diversas etapas que compõem o tratamento, evitando atrasos.
É por esses motivos que os jogadores de futebol profissional realizam exames por imagem com mais freqüência ao longo do tratamento que outros pacientes.
Dr. Milton Miszputen
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