:4: Ressonância magnética: importante personagem no noticiário esportivo


Não é à toa que a ressonância magnética figura invariavelmente no noticiário esportivo, principalmente nos últimos anos. Se anteriormente era um exame médico menos divulgado, hoje aparece em destaque. Frequentemente, as notícias demonstram o papel decisivo da ressonância magnética (RM) sobre o diagnóstico ou acompanhamento de uma lesão esportiva, principalmente em jogadores profissionais de futebol. Com o resultado desse exame, o ortopedista poderá saber a graduação de uma lesão e determinar o tipo de tratamento.

Isso ocorre porque a RM, dentre todos os métodos de diagnóstico por imagem, é a que melhor demonstra estruturas de partes moles, por exemplo: cartilagem, menisco, ligamentos. Diz-se que é o exame com melhor contraste entre os tecidos do sistema músculo-esquelético. Assim, em alguns casos, é insuperável pela ultra-sonografia, radiografia e tomografia computadorizada. A RM tem a vantagem de fornecer imagens mais abrangentes, que mostram todo um segmento do corpo.

Na prática da medicina esportiva, principalmente quando se está com um jogador de futebol machucado, o principal objetivo é o diagnóstico mais rápido e abrangente possível. Às vezes a ultra-sonografia (US) pode ser escolhida, como nos casos de acompanhamento de lesões musculares ou tendinosas superficiais. Mas pelo fato de a RM ter se tornado um exame mais rápido e difundido, alguns ortopedistas têm combinado inteligentemente o uso da RM com a US. O radiologista músculo-esquelético especialista em lesões nos esportes também poderá aconselhar a melhor combinação de exames.

Na cidade de São Paulo já há equipamentos de RM que realizam exames músculo-esqueléticos entre quinze e trinta minutos. Assim, se uma informação médica a respeito de lesão em atleta profissional precisar ser obtida rapidamente, não é o tempo de exame a ser o fator limitante. Na medicina esportiva profissional, o radiologista usualmente entra em contato com o ortopedista do clube assim que o exame termina, para passar verbalmente o diagnóstico, ainda que os filmes, ou o relatório definitivo, demorem um pouco mais. Naturalmente, há casos de pacientes não-profissionais que requerem a mesma rapidez de diagnóstico e a prática é a mesmo.

Dr. Milton Miszputen

 





 
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