:28: Lesão do ligamento cruzado anterior e ressonância magnética

Exame é o mais indicado para diagnosticar a lesão ligamentar

A ruptura do ligamento cruzado anterior, decorrente de entorse do joelho, ocorre em atletas profissionais e em praticantes de atividade física em geral, e tem se tornado relativamente frequente devido ao grande número de pessoas que praticam algum tipo de esporte.

A ressonância magnética é o melhor exame de imagem para diagnosticar a ruptura do ligamento cruzado anterior. É superior em relação as radiografias, ultra-sonografia e tomografia computadorizada.

A ressonância magnética é o método de imagem de escolha na suspeita de lesão do ligamento cruzado anterior porque é o exame que tem melhor definição de estruturas de partes moles: ligamentos, meniscos, tendões, cartilagem, etc.

O paciente que sofre entorse do joelho passa por um exame físico onde é submetido a testes clínicos para avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior e de outras estruturas do joelho. Frequentemente após o exame físico, o médico do paciente com suspeita de lesão ligamentar do joelho solicita um exame ressonância magnética para complementar a avaliação.

O papel da ressonância magnética nestes casos não é apenas demonstrar se houve lesão ou não do ligamento cruzado anterior. O exame é fundamental para diagnosticar lesões associadas, que também precisarão ser tratadas. As lesões associadas a ruptura do ligamento cruzado anterior são geralmente lesões meniscais e ruptura do ligamento colateral medial. Outros achados também são frequentes: contusões ósseas, lesões condrais (de cartilagem) e derrame articular.

Em casos de entorses mais graves é possível haver também lesão de outros ligamentos como, por exemplo, ligamento cruzado posterior e ligamento colateral lateral e fraturas.

Com o exame de ressonância magnética em mãos, o ortopedista do paciente/atleta obtem informações importantes que vão lhe ajudar a decidir pelo tipo de cirurgia.

Em se tratando de atletas profissionais, a ressonância magnética é praticamente obrigatória, e invariavelmente é solicitada para complementar a avaliação clínica.

Dr. Milton Miszputen