:18: Meniscos e diagnóstico por imagem

Meniscos são fibrocartilagens da articulação do joelho. Temos os meniscos medial e lateral. Eles desempenham algumas funções, principalmente amortecimento e estabilidade. Para que estas funções ocorram satisfatoriamente, é necessário que os meniscos estejam intactos ou preservados.

Lesões meniscais podem ocorrer em atletas e não-atletas. Basicamente, dividimos as lesões em degenerativas e traumáticas.

As lesões degenerativas ocorrem de forma lenta e progressiva e podem surgir em pacientes com 30 anos ou mais. Estas lesões podem ser assintomáticas. Roturas meniscais geralmente são traumáticas e agudas. Podem também ocorrer sobre um menisco já com alterações degenerativas prévias. As roturas meniscais ocorrem em uma variedade de situações, como por exemplo, depois de uma entorse do joelho. As roturas são geralmente sintomáticas e levam o paciente a buscar auxílio médico.

Na grande maioria das vezes, a história do atleta e o exame físico realizado pelo médico são suficientes para se fazer o diagnóstico de uma lesão meniscal. Porém mesmo assim, exames de imagem são necessários para fornecer mais informações ao médico.

Radiografias não mostram diretamente os meniscos, mas ajudam ao mostrar se os espaços articulares estão normais ou reduzidos, ou se já há alterações osteoarticulares crônicas que acompanham lesões meniscais.

O melhor exame de imagem para a avaliação dos meniscos é a ressonância magnética (RM). A RM é indicada para diagnosticar o tipo exato da lesão (ex.: alterações degenerativas, roturas radiais, longitudinais, horizontais, complexas, ou tipo "alça de balde") e em que porção do menisco ela ocorreu (corno anterior, corpo ou corno posterior). Dessa forma, não apenas a RM pode diagnosticar detalhes sobre o tipo e a localização da lesão, como também seu tamanho e a sua extensão. Veja vários exemplos de lesões meniscais num corredor, visitando a página http://www.milton.com.br/esporte/casos/caso_66.htm

As informações obtidas pelo exame de RM serão essenciais para que o médico do atleta possa decidir pelo tipo de tratamento (conservador ou cirúrgico). Se optar pelo tratamento cirúrgico, a RM terá revelado informações fundamentais para que o médico escolha a melhor tática operatória para aquela situação específica, como por exemplo sutura ou meniscectomia (retirada parcial ou total de um menisco).

Além de revelar diretamente o estado dos meniscos, a RM é importante também para avaliar as demais estruturas do joelho, que podem ou não apresentar alterações associadas às lesões meniscais, como, por exemplo, lesões em cartilagem e osteoartrose, derrame articular, lesões ligamentares ou tendinosas, cistos peri-meniscais, etc. Outro papel da RM é fazer avaliação pós-operatória dos meniscos. Quando a RM convencional não é suficiente para isso, o médico pode indicar a realização de uma artro-RM, que é um exame de RM com contraste intra-articular.

Hoje em dia os exames de RM de joelho estão ficando cada vez mais acessíveis aos atletas e rápidos na sua execução e suas informações têm tido um papel fundamental para a decisão do médico sobre o tratamento a ser adotado.

Dr. Milton Miszputen

 





 
Radiologia do Esporte - Designed by blue media studios©2007