:06: Condromalácia patelar: Saiba o que é, como se prevenir e tratar desta lesão

 
por Ft. Aline Basolli Gomiero, fisioterapeuta convidada

A condromalácia, também conhecida como síndrome patelo-femoral ou “joelho do corredor”, é definida por um amolecimento da cartilagem que recobre a superfície articular da patela, osso que antigamente chamava-se de rótula. Porém, a condromalácia não é só isso, podendo englobar outras alterações que ocorram na cartilagem articular.

A cartilagem é um tecido especializado que permite que a patela possa deslizar sobre o fêmur durante os movimentos de flexão e extensão dos joelhos, sem que ocorra atrito entre estas superficies. Quando há um desalinhamento no percurso da patela, ou algum trauma na região anterior do joelho, podem ocorrer lesões nesta estrutura, gerando dor e estalidos nesta articulação.

Classificação:

A condromalácia é classificada em 4 graus de acordo com o nível de lesão.

Grau I: amolecimento da cartilagem com edema.

Grau II: fragmentação da cartilagem ou fissuras pequenas (menores que 1,5 cm)

Grau III: fragmentação da cartilagem ou fissuras de tamanho médio (maiores que 1,5 cm)

Grau IV:  erosão ou perda da cartilagem com exposição do osso subcondral.

Sintomas:

Normalmente há dor na região anterior do joelho, principalmente ao subir e descer escadas, rampas e ao se agachar, se levantar e se sentar. Também podem ocorrer rigidez após longos períodos sentado ou mesmo após dirigir longas distâncias.

Nas mulheres, há piora na dor ao utilizar sapatos com salto alto e em gestos comuns como o cruzar as pernas enquanto sentada.

Tratamento:

O tratamento medicamentoso associado à fisioterapia é geralmente a primeira escolha dos ortopedistas, sendo que este deve se basear nas causas da lesão, avaliando a biomecânica articular e todo o membro inferior em busca de desequilíbrios.

O fortalecimento dos músculos do quadríceps, pricipalmente do vasto medial oblíquo e o alongamento dos músculos posteriores da coxa devem ser realizados objetivando o realinhamento da patela. Com este mesmo intuito, também trabalhamos os músculos rotadores do quadril e supinadores do pé.

Medidas analgésicas e antiinflamatórias como o laser, ultra-som e as correntes podem ser utilizadas com o objetivo de diminuir a sintomatolgia.

Além disso, tem-se utilizado com grande frequência os chamados condroprotetores que servem para impedir a progressão da lesão.

Nos casos graves, a cirurgia pode ser necessária para o realinhamento patelar e, ou para as lesões da cartilagem.

Então, proteja-se de mais esta lesão com exercícios e alongamentos corretos e bons treinos!

por Ft. Aline Basolli Gomiero
Mestranda em Saúde pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
Especialista em Fisioterapia músculo-esquelética pela Universidade São Marcos em parceria com o Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte
Fisioterapeuta do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte



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