A tendinopatia do calcâneo (tendão de aquiles) é uma lesão comum em atletas de corrida, salto, tênis, e em alguns esportes coletivos como o futebol e vôlei. Em corredores, sua incidência é dez vezes maior do que em indivíduos de mesma faixa etária não praticantes de atividade física.
Essa condição acontece quando microtraumas repetitivos ocorrem com uma frequência maior do que a capacidade de reparação tecidual, formando um processo inflamatório em sua bainha, degeneração do corpo do tendão ou a combinação dos dois, causando a dor e limitação das atividades de vida diárias e desportivas.
Após o diagnóstico, o tratamento consiste na atuação dos fatores que estão ocasionando a patologia e no controle da sintomatologia; diminuindo a intensidade, frequência e duração das atividades que gerem dor, e melhorando a técnica esportiva utilizada.
Uma avaliação do gesto esportivo, por exemplo, a análise da corrida pode ser indicado. Outros fatores, como o tipo da pisada, fraqueza muscular e lesões pregressas também devem ser avaliados no tratamento.
Durante a fase aguda, métodos de eletroterapia como o ultra-som, laser e correntes analgésicas são utilizadas com o intuito de reduzir o processo inflamatório e facilitar a reparação tecidual. Nesta fase, a crioterapia (aplicação de gelo) também é de grande utilidade, levando a analgesia local e a uma redução da taxa metabólica do tendão.
Na fase crônica, massagem de fricção profunda e alongamentos ajudam na restauração da flexibilidade do tendão e na redução da tensão da unidade músculo-tendinea durante o movimento.
Além disso, exercícios de fortalecimento dos músculos gastrocnêmio e sóleo, principalmente os exercícios excêntricos, têm se mostrado grandes aliados no tratamento e na manutenção da vitalidade do tendão, sendo indicados mesmo após a alta fisioterapêutica.
Se após seis meses de tratamento conservador o problema persistir, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. |