A síndrome compartimental é caracterizada por dor na região anterior da perna durante e após a prática esportiva. Geralmente, a dor é bilateral, pode aumentar de acordo com a intensidade do exercício e cessar no repouso. Pode haver parestesia.
Durante o exercício o volume muscular pode aumentar até 20% e isso pode contribuir com a elevação da pressão intra-compartimental. Com isso, o fluxo sangüíneo para a musculatura é reduzido e o atleta tem dor. O diagnóstico pode ser feito através da medida da pressão intra-compartimental com um cateter.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com fratura por stress da tíbia, trombose venosa, compressão nervosa e periostite.
Ressonância magnética da perna.
Plano axial.
Seqüência STIR, repouso. Todos os grupos musculares apresentam intensidade de sinal normal, hipo-sinal no caso da seqüência STIR.
Estudo pós-exercício. Notar aumento homogêneo de sinal somente no compartimento anterior de ambas as pernas (setas). Os músculos dos demais compartimentos permanecem com a mesma intensidade de sinal que no estudo pré-exercício. Este achado indica edema muscular e pode estar relacionado ao diagnóstico de síndrome compartimental crônica.
Diagnóstico por imagem: Há autores que afirmam que a ressonância pode ser um método auxiliar alternativo, não-invasivo no diagnóstico da síndrome compartimental. O protocolo proposto inclui estudo pré e pós-exercício utilizando seqüências sensíveis a fluido/edema, como por exemplo, STIR. Após o exame em repouso, o atleta deverá realizar o exercício na intensidade e duração suficientes para o surgimento da dor. Imediatamente após o exercício, é realizada mais uma série, que é então comparada com a série inicial.